07/11/09

Rio Lima

“Nasci à beira do Rio Lima,
Rio saudoso, todo cristal;
Daí a angústia que me vitima,
Daí deriva todo o meu mal.



É que nas terras que tenho visto,
Por toda a parte por onde andei,
Nunca achei nada mais imprevisto,
Terra mais linda nunca encontrei.



São águas claras sempre cantando,
Verdes colinas, alvor de areia,
Brancas ermidas, fontes chorando
Na tremulina da lua cheia…



É funda a mágoa que me exaspera,
Negra a saudade que me devora…
Anos inteiros sem primavera,
Manhãs escuras sem luz de aurora!



Ó meus amigos, quando eu morrer
Levai meu corpo despedaçado,
Para que eu possa, já sem sofrer,
Dormir na Morte mais descansado.



Olhos d’Aquela que eu estremeço,
Se de tão longe pudésseis ver-me!
Olhos divinos que eu nunca esqueço,
Morro de frio, vinde aquecer-me…”
António Feijó








2 comentários:

  1. Aninhaaaaaaaaaaaaaaaa! São lindas as fotos. Que saudade de Ponte de Lima... pena que exite APENAS um "tal de Atlântico" entre Brasil e Portugal, ahahahhaha
    Nem conheço o Jorge, mas dê meus parabéns a ele por te fazer tão feliz e despertar, em você, tanta sensibilidade.
    beijo

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  2. Ah fala sério cara!
    Eu é que desperto estes clicks :D
    Ele clica mas eu é que lhe apuro os sentidos :D
    Logico que ajuda a mostrar mais a sensibilidade que aposto que era isso que querias dizer :D

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